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Você sabia que uma em cada três pessoas adultas sofre com dor no joelho? E não existe apenas uma razão para que ela aconteça porque, na verdade, suas causas são bastante variadas. Mas independentemente daquilo que a provoca, é fato que ela incomoda bastante e pode causar limitações para quem a sente.

Por isso, nós conversamos com o Professor Dr. Daniel Esperante para que ele nos esclarecesse um pouco mais a respeito da dor no joelho. Ele nos explicou quais são as suas principais causas, as consequências de não tratá-la e as opções de tratamento que existem.

Se você também sente esse incômodo, continue lendo nosso artigo para saber o que pode estar ocasionando essa condição. Confira informações importantes que poderão lhe ajudar a ter mais qualidade de vida.

Sobre a dor no joelho

Não existe uma idade certa para a dor no joelho se manifestar. Isso porque, como dito, as suas causas são muito variadas, provocando tanto quadros agudos como crônicos. Apesar disso, é fato que a idade é um agravante para ela.

Afinal, conforme o organismo envelhece a dor no joelho aumenta em frequência e gravidade. E não podemos esquecer que pessoas mais velhas têm maior tendência a apresentarem problemas nos ossos e outras estruturas, o que também afeta o joelho.

Ainda assim, o perfil dos pacientes com dores de joelho é bastante variado. Ela também ocorre em pessoas de ambos os sexos, mas é mais recorrente em mulheres, com uma incidência de 50% mais do que para os homens.

A explicação está no fato de que a composição óssea feminina é mais frágil do que a masculina. Com isso, existe maior probabilidade de desgaste para elas, uma explicação para também serem a maioria nos casos de osteoporose.

E isso não ocorre somente com mulheres maduras, porque a dor no joelho também se manifesta em jovens na faixa etária dos 20 aos 24 anos, com uma incidência que chega a superar 40%. Não podemos esquecer que o uso de sapatos com salto alto é um agravante para esse incômodo.

Principais causas dessa dor

Diversos fatores podem causar danos e sobrecarga nos joelhos provocando as dores. Além disso, as características individuais da anatomia de cada indivíduo também podem desencadear esse incômodo.

Isso significa que a dor no joelho pode se manifestar de um problema congênito, um fator externo isolado ou como consequência de agressões e sobrecargas recorrentes. A seguir, listamos algumas das suas principais causas. Acompanhe:

Lesões e traumas

A dor no joelho pode se manifestar em função de uma lesão, trauma ou de sobrecarga nessa articulação. É bastante comum que pessoas jovens, por exemplo, apresentem esse problema em função da prática de esportes, que leva a um esforço grande do joelho.

Ela também pode ser decorrente de algum acidente sofrido, uma torção ou excesso de peso colocado sobre articulação. Distensões, luxações, lesão meniscal, tendinites, ruptura de tendões e lesão ligamentar são alguns dos problemas possíveis para essa manifestação dolorosa.

Problemas ósseos

A artrite e a artrose são dois problemas que afetam a estrutura óssea e seus ligamentos, e podem provocar dor no joelho. Essas doenças são mais recorrentes em pessoas com idade mais avançada, e ainda têm a característica de serem degenerativas.

Por isso, conforme a idade avança, existem maiores chances de a dor se manifestar em função desses problemas. Além disso, quando ela ocorre, também pode aumentar a sua intensidade se não receber o tratamento adequado.

Alterações morfológicas

As alterações morfológicas podem acompanhar o indivíduo desde o seu nascimento ou serem a consequência de algum fator externo ou agressão. Essa variação estrutural pode comprometer da patela, por exemplo, levando ao seu desgaste precoce e ocasionando a dor.

Uma lesão mais severa no joelho, cuja cicatrização não tenha ocorrido de forma adequada, pode deixar sequelas, que também causam dor. O mesmo ocorre nos procedimentos cirúrgicos mal sucedidos, seja pelo procedimento em si ou descuidos no pós-operatório.

Doenças

Existem diversas doenças que ocasionam dor no joelho. O reumatismo e o Lúpus são dois bons exemplos disso, mas também pode ocorrer a tendinite, a bursite e infecções na articulação.

Não podemos esquecer que existem problemas que afetam especificamente o joelho. Esse é o caso da doença de Osgood-Schlatter, a síndrome da banda iliotibial e o cisto de Baker. Todos exigem atenção específica.

Consequências de não tratar a dor no joelho

A dor é uma manifestação que indica que algo está errado no corpo. Por isso, se o joelho dói, quer dizer que ele não está trabalhando como deveria, está sofrendo ou sofreu alguma agressão.

Quando esse problema não é devidamente investigado e tratado podem ocorrer lesões em diferentes estruturas. Nem sempre isso se manifesta no curto prazo, mas pode determinar como serão as condições clínicas dessa pessoa no futuro.

Uma lesão nos ligamentos cruzados, por exemplo, aumenta expressivamente as chances de lesão no menisco que, no futuro pode evoluir para um quadro irreversível de artrose. Sendo assim, se a dor no joelho não é tratada hoje é fato que amanhã algum outro problema se manifestará.

Opções de tratamento

É importante saber que nem sempre a dor no joelho tem uma cura, e que isso varia dependendo da causa. Quando é possível alcançar uma solução definitiva geralmente técnicas cirúrgicas são adotadas para isso.

Embora eficazes, a recuperação é longa, o procedimento complicado e, muitas vezes, é necessário substituir a articulação por uma prótese. Sob essas condições as órteses são recomendadas no pós-operatório e durante o processo de recuperação, para que ele seja mais rápido, confortável e tranquilo para o paciente.

Mas o tratamento para dor no joelho depende muito do que a está provocando, de toda forma, para 90% das pessoas tratamentos com órteses e terapias não invasivas são eficientes. Eles ajudam a reduzir as dores e melhoram significativamente a locomoção e qualidade de vida.

As órteses são recomendadas para quem sente dor porque oferecem suporte para a movimentação da articulação. Sua indicação é para quem já está com uma lesão instalada, e precisa se recuperar, ou para ajudar a evitar lesões futuras. Além disso, por não deixar o joelho sobrecarregado ela também reduz a dor.

O perigo da automedicação

É muito comum que as pessoas que sentem dor no joelho realizem a automedicação, consumindo analgésicos e anti-inflamatórios. O problema é que o uso indiscriminado dessas substâncias, especialmente quando prolongado, traz sérios riscos para a saúde.

Esses medicamentos podem causar danos graves ao fígado e aos rins, provocando a insuficiência desses órgãos. Essas condições exigem um tratamento complexo e colocam em risco a vida do paciente.

É por isso que o recomendado, nesses casos, é procurar um especialista e utilizar apenas os medicamentos indicados por ele. Preferir as soluções de tratamento não invasivo e conservador, como a fisioterapia e as órteses, também ajuda a evitar danos ao organismo.

Medidas preventivas para dor no joelho

Como as causas da dor no joelho são muito variadas, as formas de prevenção também são distintas. Alguns problemas e agressões podem ser evitados com a prática de atividades físicas, o fortalecimento da musculatura e a manutenção do peso corporal.

Nesse último caso, é importante destacar que existem, sim, pessoas com peso corporal adequado que apresentam dores no joelho, mas o excesso dele leva a uma sobrecarga da articulação, o que pode causar complicações para ela.

Não podemos esquecer que, quando existe um diagnóstico e é indicado um tratamento, ele deve ser seguido conforme a recomendação do especialista. Isso ajudará a evitar o agravamento de uma lesão ou doença, minimizando as complicações e prevenindo a dor.

O uso de órteses durante a prática de exercícios e atividades físicas é interessante quando existe maior risco de lesão, como na dança ou corrida. No mais, é interessante consultar um especialista para que ele indique o melhor tipo de órtese e as situações em que ela é indispensável.

Em muitos casos a dor no joelho não tem cura, ou o tratamento é arriscado demais. Por isso, além de conhecer sua causa é interessante recorrer a métodos não invasivos para alcançar bons resultados e ter qualidade de vida, sem sentir dor a todo momento ou colocar sua saúde em risco.

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