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botas ortopédicas, médico, indicações

Se você tem mais de 30 anos, deve se lembrar de crianças utilizando pesadas botas pretas e lustrosas. Se não tem, já deve ter visto pessoas com botas em apenas um dos pés, com aparência de feltro e velcro: são as botas ortopédicas.

Elas servem para imobilizar os pés de pacientes que sofreram algum tipo de lesão e que precisam manter esses locais imobilizados por algum tempo para permitir a cicatrização da lesão e a plena recuperação da parte atingida.

Também são úteis para corrigir alguns desvios posturais causados por deformidades ou vícios e costumam ser de uso transitório, ou seja, são utilizadas durante o tratamento e depois não mais necessárias.

Gesso ou bota?

Quando fraturamos a perna com gravidade, é preciso colocar uma pesada camada de gesso no local para a completa imobilização desse ferimento. O gesso protege contra movimentos, já que o osso precisa “colar” outra vez e isso seria impossível sem a imobilização. A pessoa poderia nem mesmo voltar a andar sem esse tratamento.

Mas existem lesões menores nas quais o gesso não é necessário, e o paciente pode obter o mesmo resultado utilizando as botas ortopédicas. São casos de lesões, como a entorse de tornozelo, também conhecida como torção, rupturas de tendões e fraturas – sejam na perna, nos pés ou nos dedos.

Nesses casos em que o gesso não é necessário, o pediatra recomenda que as botas sejam utilizadas por um determinado período e depois é preciso examinar novamente o local para saber se já é possível abandoná-las.

A escolha entre bota ou gesso não é do paciente, mas sim do médico. Só o profissional munido de exames é capaz de determinar qual é o tratamento mais indicado para cada tipo de lesão.

As vantagens da bota ortopédica

Quem já foi engessado sabe o quanto é desconfortável utilizar esse recurso. O gesso pode ficar muito apertado, prejudicando a circulação no local e causando incômodo ao paciente. Outras vezes, pode ficar largo, causando movimento involuntário e resultando assaduras e mais incômodo ao paciente, que precisa retornar ao médico e refazer o serviço.

As botas ortopédicas são bastante vantajosas em relação ao gesso, porque podem ser retiradas e ajustadas. Isso permite uma mobilidade e um conforto muito maior para quem precisa delas. O simples fato de tomar banho já é bastante facilitado pela possibilidade de remoção das botas, enquanto que uma pessoa utilizando o gesso precisa proteger o local com plásticos ou fazer uso de outras artimanhas para não molhar o local.

Outro problema relacionado à higiene é que não é possível limpar o local machucado durante o período em que se utiliza o gesso. Algumas pessoas ficam bastante incomodadas, porque os pés são lugares onde é comum a produção de suor e, quando a higienização não é a ideal, o local pode exalar um mau cheiro, além de coçar bastante, irritando o usuário.

Outra vantagem das botas ortopédicas, principalmente as longas, aquelas que vão até os joelhos, é a possibilidade de ajustar as tiras que compõem o conjunto, deixando-as mais confortáveis para o paciente.

Apesar disso, o médico pode preferir o gesso em casos nos quais o paciente não se mostra confiável em seguir o tratamento à risca. Crianças, idosos, entre outros têm uma tendência maior a retirarem o equipamento sem autorização do médico logo nos primeiros sinais de desconforto. Isso pode ser prejudicial ao tratamento e é por esse motivo também que as botas ortopédicas para crianças costumam ser menos ajustáveis e mais resistentes, já que os pequenos ainda não são capazes de compreender a necessidade de utilização por tempos prolongados.

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Ortopedia

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