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O oxímetro é o aparelho utilizado para medir de maneira indireta a quantidade de oxigênio presente na corrente sanguínea de uma pessoa. De fato, ele mede a saturação de oxigênio presente nas hemoglobinas no sangue, as células responsáveis pelo transporte de oxigênio.

Como essa medição resulta em uma porcentagem e os valores desejados estão próximos a 100% muitas pessoas podem confundir o processo e achar que o sangue tem mais ar do que líquido, mas não há com o que se preocupar já que a tecnologia do oxímetro se baseia em medir a porcentagem dentro da capacidade total e não em relação ao volume de sangue, que é basicamente água.

Como funciona

O princípio de funcionamento envolvido no funcionamento do oxímetro é razoavelmente simples. Ele utiliza um feixe de luz para fazer o seu trabalho. O aparelho precisa ser ligado a uma fonte elétrica de alimentação para funcionar, mas como a maioria deles é portátil, baterias recarregáveis ou pilhas são utilizadas para suprir essa energia.

Para conseguir realizar a medição, o aparelho conta com duas luzes, uma vermelha e uma infravermelha, que por sua vez são emitidas em uma das pontas do aparelho e atravessam o dedo ou do lóbulo da orelha e são captadas por um sensor localizado do outro lado do aparelho e que irá medir o quanto dessa luz atravessa.

Sendo um pouco mais técnico, ele se utiliza do princípio da espectrofotometria, o que traduzindo em miúdos quer dizer que a absorção das luzes vermelha e infravermelha diferem entre a oxi-hemoglobina e a desoxi-hemoglobina, ou seja, a quantidade de oxigênio presente no nosso sangue.

Na prática, seria como jogar a luz de uma lanterna através de uma folha de papel e captar o quanto dessa luz chega ao outro lado. Levando-se em conta a pulsação do paciente, o aparelho utiliza então equações para calcular e apresentar os resultados através de um display.

Dependendo do aparelho esses dados podem ficar armazenados numa memória interna por um determinado período de tempo ou enviados para outros terminais por conexões de dados.

As margens de erro e a diferença entre oxímetro e gasometria arterial

Apesar de bastante preciso, o oxímetro não costuma mostrar com total exatidão a quantidade de oxigênio no sangue. A margem de erro da maioria dos produtos comercializados gira em torno de 2%, mas os usuários podem ficar tranquilos pois essa variação não é suficiente para prejudicar as decisões baseadas na medição.

A tecnologia do oxímetro é suficiente para atender a maioria dos casos como o de esportistas que precisam monitorar o oxigênio no sangue ou pessoas que realizam escaladas ou visitam lugares de grande altitude e de pacientes que controlam alguma doença respiratória. Essa diferença acontece em virtude de vários fatores como o ph, a pressão parcial de dióxido de carbono e variações de temperatura.

Nos casos em que haja a necessidade de uma medição mais precisa, o médico irá solicitar um exame chamado gasometria arterial que consiste na coleta de sangue direto de uma artéria, o que, apesar de muito mais preciso, é bem mais invasivo e doloroso, além de só poder ser realizado num local apropriado para isso como um hospital.

Existe também um fator que a tecnologia do oxímetro não é capaz de superar que é o tabagismo. Quem fuma tem na corrente sanguínea uma circulação de monóxido de carbono e o oxímetro não é capaz de distinguir entre essa substância e o oxigênio presente nas células. Portanto, apenas para quem fuma, não é possível confiar na aferição feita pelo oxímetro.

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